Deleuze e os signos da escola contemporânea

Lisete Regina Bampi, Gabriel Dummer camargo

Resumen


Os caminhos da pesquisa envolvida neste trabalho instigam-nos o pensamento acerca dos signos do aprender na escola contemporânea. A pesquisa tem uma história circunscrita em programas como o PIBID ― Programa Institucional Brasileiro de Iniciação à Docência ―, passando pelos estágios de Docência em Educação Matemática, seguindo entre ressonâncias de um projeto sobre o “aprender” e a “expressão” em Deleuze. Em meio às possibilidades de fazer e pensar a escola, questões permeiam-nos na busca deste aprender repleto de signos a serem interpretados. Para percebê-los há a necessidade de uma sensibilidade aberta ― tanto de professores como de estudantes ―, aos encontros que os signos podem proporcionar para pensar as experiências de sala de aula com a pesquisa em educação. Os signos do aprender estão nas escolas, nas salas de aula, nos movimentos didáticos do cotidiano, nos murais das universidades, abrindo brechas por onde professores e estudantes podem escapar, envolvendo-os em suas decifrações. A fim de encontrarmos possibilidades que nos aproximam desses signos, compreendemos a necessidade dos caminhos já existentes que se cercam em didáticas (imprevistas e possíveis) ― repletas de hieróglifos a serem interpretados ―, que podem dar a conhecer algo a ser recriado com o nosso aprendizado em outros tempos e espaços. Por fim, buscamos observar certa nuance entre uma didática necessária e possíveis encontros com os signos do aprender, onde a sensibilidade de professores e estudantes ― de filosofia, matemática, ou qualquer outra disciplina ―, pode desbravar outros e novos saberes, integrando-os nas escolas da América Latina.

Palavras-chave: Deleuze. Aprender. Signos. Didática. Escola



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Referencias


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