Fronteira do fora: pulsão da diferença na teoria queer
Resumen
Esta é uma escrita vinculada aos estudos e investigações do grupo de pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM/CNPq/Univates). Neste trabalho, tem-se como objetivo uma inserção na filosofia platônica a partir do olhar problematizador e inquieto do pensador Gilles Deleuze. Se por uma via, Platão, em seu livro VI da República (IV a.C), traça uma linha metafísica que distingue o mundo inteligível do mundo sensível, separando o mundo ideal, o qual denomina de mundo das essências, do mundo das aparências, da experimentação, dos corpos, Deleuze, por outra via, pretende encontrar potência naquilo que, para Platão, nada mais é do que a sobra, o exilado que ninguém mais deveria pretender. A partir da concepção de simulacro, pensada por Platão, o pensamento deleuziano busca, de alguma maneira, romper com uma série de conceitos da filosofia clássica, tomando o simulacro como um importante protótipo para uma série de conceitualizações filosóficas que são o motor crítico e criador que sustenta a filosofia de Deleuze (MADARASZ, 2005). Em meio a tais aproximações, busca-se estabelecer uma relação com a teoria queer, que do mesmo modo que a Filosofia da diferença, emerge como um dispositivo que permite problematizar as percepções daquilo que, por vezes, é intitulado como “estranho”, “excêntrico”, não pertence ao plano da “normalidade”, algo que vem “do exílio”. Assim, se por um lado, a palavra “queer”, na língua inglesa, foi/é utilizada não somente com uma conotação pejorativa referente à homossexualidade, mas também para designar aquilo que está fora dos padrões heteronormativos, por outro, ela tem sido usada, principalmente, como ferramenta para uma legitimação de sua diferença. Pode-se perceber que a teoria “queer” tem a intenção de abalar certas formas “fechadas” de pensar, inclusive no meio acadêmico, portanto, este texto pode ser nada “queer”.
Palavras-chave: Queer. Identidade. Diferença
Este escrito está relacionado a estudios y búsquedas del proyecto de investigación “Currículo, Espaço, Movimento” (CEM/CNP/Univates). Como objetivo de este trabajo, la intención es realizar un inserto en la filosofía platónica desde una perspectiva problematizadora e inquieta pensada por Gilles Deleuze. Si por un lado Platón, en su obra VI da República (IV a.C), construye un pensamiento de la metafísica distinguiendo el mundo inteligible del mundo sensible, separando del mundo ideal, llamándolo de mundo de las esencias, del mundo de las apariencias, de las experiencias, de los cuerpos, Deleuze, por otro lado, pretende encontrar intensidades en aquello que, para Platón, es tan solo algo que sobra, es el exiliado al que nadie debería querer ser. Desde la concepción de simulacro pensada por Platón, el pensamiento deleuziano pretende, de algún modo, romper con una serie de términos provenientes de la filosofía clásica, obteniendo del simulacro como que un prototipo importante para una gama de términos filosóficos que son los engrenages para una crítica y una creación que sostienen la filosofía de Deleuze (MADARASZ, 2005). Es por estos discernimientos que se pretende buscar una relación con la teoría queer, pues así como en la filosofía de la diferencia, ella emerge como un dispositivo que permite problematizar las percepciones de aquello que, en ocasiones, es titulado como “extraño”, “excéntrico”, que no pertenece al mundo de la “normalidad”, es algo que procede “del exílio”. De esta forma, si de un lado, la palabra “queer”, en lengua inglesa, fué/és utilizada no sólo con una connotación peyorativa referente a la homosexualidad, pero también para designar lo que está fuera de la heteronormatividad, por otro lado, ella ha sido utilizada, principalmente, como una herramienta para la legitimidad de la diferencia en sí misma. Es posible percibir que la teoría “queer” tiene la intención de conflictuar con ciertas formas de pensar “endurecidas”, incluso en el mundo académico y, por lo tanto, este texto puede no ser nada “queer”.
Palabras Clave: Queer. Identidad. Diferencia
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PDFReferencias
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