Formação integral, interdisciplinaridade e contextualização no currículo do ensino médio brasileiro: que conceitos são esses?
Resumen
O presente artigo é fruto de pesquisas em andamento do projeto de pesquisa "Políticas Públicas para o Ensino Médio e Ensino da Filosofia: uma analítica dos discursos" da Universidade Federal de Santa Maria. Esta pesquisa inscreve-se no conjunto das pesquisas qualitativas em educação, tomando como temática central os discursos sobre o currículo do Ensino Médio presente nas legislações vigentes e, por conseguinte, seus efeitos nas práticas escolares e, em especial, no ensino da Filosofia. O objetivo principal deste artigo é realizar uma investigação a respeito dos significados, sentidos e objetivos dos conceitos de formação integral, interdisciplinaridade e contextualização que compõem o currículo do ensino médio brasileiro, a partir da análise dos discursos presentes nas políticas educacionais contemporâneas, sendo elas, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996; os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) de 2000; as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (OCN) de 2006; o Plano Nacional de Educação (PNE) de 2009; as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) de 1998 e de 2012 e, o documento do Pacto Pelo Fortalecimento do Ensino Médio (PACTO/EM) de 2014, com ênfase nos cadernos de formação de professores. Buscamos compreender o surgimento desses conceitos (formação integral, interdisciplinaridade, contextualização) nas políticas públicas educacionais brasileiras, bem como, apresentar a importância da articulação desses conceitos para o ensino de filosofia, no entendimento, da garantia de um ensino de filosofia que possibilite aos estudantes experiências filosóficas. Nesse sentido, utilizamos a concepção de ensino de filosofia como experiência filosófica.
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