Novos Sócrates. Parrhesía e epiméleia heautoû nas atitudes dos rappers

Resumen

Esta escrita considera a Filosofia como experiência de pensamento, fundamentando-se em Larrosa, Masschelain e Kohan, discutindo a postura socrática de parrhesía e epiméleia heautoû a partir de Foucault, na Hermenêutica do Sujeito (aulas de 06/01/82 e de 10/03/82) e em O Governo de si e dos outros, a prática da parrhesía como Filosofia (aula de 9/03/83) para dialogar com as vozes vindas das ruas, dos rappers, defendendo a ideia de que são eles os novos Sócrates. Responde a uma proposta de reflexão sobre a Disciplina Estudos da Infância e Juventude, em especial a partir dos textos de Dietzsch, para analisar os diálogos possíveis entre a cidade e a educação e com o relatório de Janice Tirelli Ponte de Sousa, sobre a reflexão acerca da experiência política entre os jovens, uma vez que Sócrates frequentava a ágora pela participação política, porque entendia que esta era uma obrigação, cuidava de si cuidando que os outros cuidassem de si: uma responsabilidade. Para dar sentido a defesa de que são os rappers os novos Sócrates, este trabalho traz a fala das ruas, a partir de entrevistas e letras de rap[1].

Palavras-chave: Filosofia – Educação – RAP

[1] A sigla ¨RAP¨ vem do inglês ¨Rhythm and Poetry¨ - ¨ Ritmo e Poesia¨. É um dos elementos da cultura ¨hip-hop¨. Sua origem foi na Jamaica, na década de 1960. É um gênero de música popular, urbana, que consiste numa declamação rápida e ritmada de um texto, com alturas aproximadas.