Uma reflexão filosófico-educacional sobre a virada linguística de Wittgenstein em tempos de pós-verdade.
Resumen
Resumen
En una posición intermedia entre las corrientes dogmáticas de la filosofía, por un lado, y los del escepticismo, por otro, el filósofo austriaco Ludwig Wittgenstein nos presenta una nueva concepción del lenguaje, que nos libera de ciertos enunciados a los que la filosofía tradicional nos ha conducido, a las que llamó Imágenes de nuestro lenguaje que guían dogmáticamente nuestro pensamiento. La tarea del filósofo sería entonces llevar a cabo la terapia de estas Imágenes aplicadas de manera dogmática, obteniendo como resultado terapéutico la disolución completa (y no definitiva) de la mayor parte de las cuestiones filosóficas que aún nos intrigan. Desde esta perspectiva wittgensteiniana, dos Imágenes en particular han creado confusiones de carácter conceptual a lo largo de los siglos: la concepción referencial del lenguaje y la idea de precisión conceptual. Mi objetivo es mostrar algunas de las implicaciones educativas cuando estamos atrapados en estas dos Imágenes, recurriendo a dos episodios de las políticas educativas implementadas en Brasil analizadas por Azanha (1987, 2006), que tratan sobre la controvertida democratización de la educación que tuvo lugar en el Estado de São Paulo a fines de los años sesenta y la reciente implementación de la pedagogía de las competencias en los currículos oficiales. Teniendo como blanco terapéutico los conceptos de “calidad de la enseñanza” y “competencia”, interpretados dogmáticamente en los referidos episodios, concluyo que, a partir de las herramientas lingüísticas creadas por Wittgenstein, la terapia filosófica permite esclarecer estos y otros impasses educativos, impidiendo que sucedan de ahí buena parte de las confusiones de carácter conceptual que han resurgido en estos tiempos de la posverdad.
Palabras clave: significado, aprendizaje, Imagen, Azanha, Wittgenstein.
Resumo
Em uma posição intermediária entre as vertentes dogmáticas da filosofia, por um lado, e as do ceticismo, por outro lado, o filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein nos apresenta uma nova concepção de linguagem, que nos liberta de determinados enunciados a que nos conduziu a filosofia tradicional, os quais ele denominou de Imagens da nossa linguagem que guiam dogmaticamente o nosso pensamento. A tarefa do filósofo seria, então, a de fazer a terapia destas Imagens quando aplicadas de modo dogmático, obtendo como resultado terapêutico a dissolução completa (e não definitiva) da maior parte das questões filosóficas que ainda nos intrigam. Desta perspectiva wittgensteiniana, duas Imagens, em particular, têm instaurado confusões de natureza conceitual ao longo dos séculos: a concepção referencial da linguagem e a ideia de exatidão conceitual. Meu objetivo é o de mostrar algumas das implicações educacionais quando estamos presos a estas duas Imagens, recorrendo a dois episódios nas políticas educacionais implementadas no Brasil analisados por Azanha (1987, 2006), os quais versam sobre a polêmica democratização do ensino ocorrida no Estado de São Paulo no final da década de sessenta e a recente implementação da pedagogia das competências nos currículos oficiais. Tendo como alvo terapêutico os conceitos de “qualidade de ensino” e o de “competência” quando interpretados dogmaticamente nos referidos episódios, concluo que, a partir das ferramentas linguísticas criadas por Wittgenstein, a terapia filosófica possibilita o esclarecimento destes e outros impasses educacionais, prevenindo-se, assim, boa parte das confusões de natureza conceitual que têm ressurgido nestes tempos de pós-verdade.
Palavras-chave: sentido, aprendizagem, Imagem, Azanha, Wittgenstein.
Abstract
In an intermediate position between the dogmatic currents of philosophy, on the one hand, and those of skepticism, on the other hand, the Austrian philosopher Ludwig Wittgenstein presents us with a new conception of language, which frees us from certain statements to which traditional philosophy has led us, which he called Images of our language that dogmatically guide our thinking. The philosopher's task would then be to carry out the therapy of these Images when applied in a dogmatic way, obtaining as a therapeutic result the complete (and not definitive) dissolution of most of the philosophical questions that still intrigue us. From this Wittgensteinian perspective, two Images, in particular, have created confusions of a conceptual nature over the centuries: the referential conception of language and the idea of conceptual exactness. My objective is to show some of the educational implications when we are trapped in these two Images, resorting to two episodes in the educational policies implemented in Brazil analyzed by Azanha (1987, 2006), which deal with the controversial democratization of education that took place in the State of São Paulo at the end of the sixties and the recent implementation of the pedagogy of competences in official curricula. Having the concepts of “quality of teaching” and “competence” as a therapeutic target, when interpreted dogmatically in the referred episodes, I conclude that, based on the linguistic tools created by Wittgenstein, philosophical therapy makes it possible to clarify these and other educational impasses, thus preventing much of the confusion of a conceptual nature that has resurfaced in these post-truth times.
Keywords: meaning, learning, Image, Azanha, Wittgenstein.
Texto completo:
PDFEnlaces refback
- No hay ningún enlace refback.