Da formação à deformação: para além da fundamentação
Resumen
A Literatura é vasta sobre o tema da formação. Tradicionalmente, encontra-se nos tratados pedagógicos uma efetiva imbricação da ideia com a educação, como afirma Rocha (2006), a imagem da formação e educação ilustra os conceitos de Paidéia, de Bildung. Sabe-se que suas bases podem ser encontradas na tradição clássica e carrega em seu bojo os pressupostos metafísicos que vêm limitando a livre superação do homem, mantendo-o, de certa forma, na ignorância a respeito do seu próprio avanço experimental, pois seus pressupostos visam um telos, uma constituição de um indivíduo modelar (ROCHA, 2006). Dessa maneira, sugere-se uma analítica para além dessa perspectiva, tomando como provocação a ideia de educação pela deformação, que percorra as preocupações com a singularidade, negando as universalizações e as essencialidades. O texto mostrará três imagens inspiradoras da ideia deformação: Da Criança, Do como se tornar o que se é por sua correspondência na singularidade e Da aprendizagem. Essas três imagens não visam construir, corrigir, formatar para submeter o indivíduo ao exercício do poder. O texto é inspirado pela filosofia da diferença, margeando autores, como: Nietzsche, Foucault e Deleuze, cuja pretensão consiste em usá-los como mosaico atraente para o pensamento. A intenção é promover uma leitura não regular no contexto da tradição sobre a ideia de formação; assim, arrisca-se a promover outras leituras possíveis, como forma de exercitar o pensamento para outras variações. Entende-se que pensar a educação por vias das forças e das potências criativas da singularidade é uma forma de deformar um modo moribundo que tanto se impõe como presença na educação atual e, ao mesmo tempo, abrir espaços vivos e fecundos de criação.
Palavras-chaves: Formação, Deformação, Singularidade, Educação.
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