A educación popular: uma proposta latino-americana para sair da barbárie

Rosa de Lourdes Aguilar Verastegui

Resumen


O presente trabalho tem como objetivo analisar a proposta da Educación Popular (1849) de Sarmiento, que nos permitirá observar os antecedentes e raízes de uma das primeiras tentativas de estabelecer uma educação democrática na América Latina. Como obra precursora, a Educación Popular levanta os problemas da inexperiência política, da necessidade de uma educação própria, da defasagem científica de latino-américa em relação a Estados Unidos e Europa. Devido às precárias condições em que foi deixado depois da colonização espanhola, Sarmiento acredita que é necessário educar ao povo Latino-americano. Para ele, a importância da educação não é só porque ela permite o desenvolvimento científico e econômico, senão também porque promove um crescimento político e moral. Observamos que, para o autor, o conceito de civilização tem uma conotação de ciência e tecnologia, ligado à vida urbana de cidades que mantém contato com Europa, enquanto o conceito de barbárie está ligado à vida rural afastadas das metrópoles e da ciência. Para conseguir sua proposta civilizatória Sarmiento no poupa esforços, assim o seu projeto educativo consiste em civilizar uma Latino-américa em estado de barbárie, e tinha como exemplo a seguir as culturas americanas e europeias que admirava. A escola é o centro civilizador que combate a barbárie e conduz o país ao desenvolvimento material e moral. Tentaremos apresentar como era este projeto educativo civilizatória da Educación Popular, e a que população atingia. Acreditamos que este trabalho nos orientará e permitirá observar os origens e antecedentes das primeiras propostas educativas das qual são originadas as atuais.

PALAVRAS-CHAVE: educação na República, filosofia da educação latino-americana, barbárie e civilização.



Texto completo:

PDF

Referencias


BRAVO, Héctor Félix. Domingo Faustino Sarmiento. UNESCO: Oficina Internacional de Educación, (1999) Disponível em: http://www.ibe.unesco.org/publications/ThinkersPdf/sarmientos.PDF. Acesso em: 19 de agosto de 2014.

GREJA, Camila Bueno. Carlos Octavio Bunge e José Ingenieros: entre o científico e o político: pensamento racial e identidade nacional na Argentina (1880-1920). São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Filosofia da História. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1999.

PIGNA, Felipe. Los mitos de la historia Argentina, de San Martín a el granero del mundo. Buenos Aires: Planeta, 2005.

PUIGGRÓS, Adriana. “Domingo F. Sarmiento ou os antagonismos da cultura e da educação argentinas”. In STRECK, Danilo. Fontes da pedagogia Latino-americana. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

SÁ MÄDER, Maria Elisa Noronha de. “Olhares cruzados: Sarmiento e o Império do Brasil”. Anais Eletrônicos do VIII Encontro Internacional da ANPHLAC. Vitória, 2008. Disponível em: http://anphlac.fflch.usp.br/sites/anphlac.fflch.usp.br/files/maisa_mader.pdf. Acesso em: 23 de outubro de 2014.

SARMIENTO, Domingo Faustino. Educación popular. Santiago: Imprenta de Julio Belín e Compañía, 1849.

_________. Educación popular. La Plata: UNIPE: Editorial Universitaria, 2011.

SOLARI, Manuel Horacio. Historia de la Educación Argentina. Buenos Aires: Editorial Paidós, 1991


Enlaces refback

  • No hay ningún enlace refback.